A audição possui um papel de grande importância para nossa qualidade de vida. Nos primeiros anos, ela é fundamental para garantir o correto desenvolvimento da linguagem da criança, e na fase adulta, permite que nossos relacionamentos interpessoais sejam saudáveis e duradouros. Contudo, nem todos convivem com uma boa audição, já que a surdez é um problema bastante comum e afeta milhões de pessoas no mundo todo.
Somente no Brasil, quase 30 milhões de pessoas sofrem com algum grau de surdez, sendo que 2,3 milhões possuem surdez total, segundo um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015. Caracterizada pela perda ou ausência total da capacidade auditiva, a surdez possui diversas causas, tipos e sintomas específicos. Continue a leitura e entenda melhor!
Quais são as principais causas da surdez?
A surdez pode acontecer de duas formas: quando é congênita – ou seja, o bebê já nasce surdo – ou adquirida – quando o paciente nasce com capacidade auditiva preservada e apresenta perda de audição durante a vida. Saiba quais são as principais causas!
Surdez congênita
A surdez congênita ocorre durante a gestação. Dentre as causas principais, podemos citar:
medicamentos tomados pela gestante;
hereditariedade;
doenças adquiridas durante a gestação;
infecções hospitalares;
parto antes ou depois do tempo ideal.
Surdez adquirida
Apesar de alguns pacientes já nascerem surdos, a grande maioria dos casos de surdez é adquirida ao longo da vida, sobretudo devido a hábitos prejudiciais que afetam a audição de alguma forma. Conheça as principais causas!
Envelhecimento
A principal causa da surdez adquirida é o envelhecimento do organismo associado a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Tudo isso provoca alterações no ouvido interno, onde as ondas sonoras são convertidas em impulsos nervosos que são enviados para o cérebro.
Excesso de ruído
Quando ficamos expostos a ruídos muito altos com frequência, as estruturas mais sensíveis dos ouvidos internos ficam comprometidas e podem levar ao desenvolvimento da surdez.
Infecções
Infecções no ouvido médio podem obstruir o movimento dos tímpanos e dos ossículos ligados a ele. Como o ouvido médio é responsável por enviar sons para o nervo auditivo, qualquer obstrução pode causar perda auditiva.
Perfuração de tímpano
A perfuração do tímpano – ou membrana timpânica, como também é conhecido – geralmente é causada por infecções, ruídos intensos, mudança na pressão atmosférica ou objetos perfurantes no ouvido. Uma perfuração no local compromete a transmissão de som ao ouvido médio e pode resultar em surdez, caso não seja tratada adequadamente.
Quais os tipos de surdez?
De acordo com a causa, a surdez pode ser definida de duas formas: surdez de condução e surdez neurossensorial. No primeiro caso, a impossibilidade de ouvir acontece quando algo bloqueia a passagem de som para o ouvido interno, como o rompimento do tímpano ou infecções de ouvido, por exemplo.
Já a surdez neurossensorial é o tipo mais comum e ocorre devido ao comprometimento do ouvido interno, fazendo com que os efeitos sonoros provenientes do ambiente não sejam processados ou transmitidos ao cérebro, em virtude da degeneração das células auditivas pela idade, exposição a som muito alto, dentre outros fatores.
Além desses dois tipos, a surdez também pode ser classificada pelo grau de dificuldade de ouvir, que pode ser:
Leve: o paciente tem dificuldade para ouvir um som fraco ou distante e pode pedir algumas vezes para que as frases sejam repetidas durante uma conversa.
Moderada: só é possível ouvir sons de alta intensidade, podendo causar dificuldade na comunicação, atraso na linguagem e necessidade de leitura labial.
Severa: é necessário gritar para que o paciente possa compreender o que está sendo dito, além de haver intensa necessidade de leitura labial.
Profunda: o paciente não tem nenhuma sensação auditiva, impedindo a comunicação e compreensão da fala.
Atenção aos sinais!
A perda gradativa da audição pode ocorrer sem que o paciente perceba a gravidade da situação. Por isso, é importante ficar atento aos primeiros sinais para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento mais adequado para seu caso. Saiba reconhecer os principais sintomas:
dificuldade para se comunicar em lugares ruidosos;
pedir para a pessoa repetir a fala com frequência;
assistir televisão ou ouvir rádio com o volume muito alto;
zumbido constante no ouvido;
necessidade de leitura labial durante uma conversa.