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Exame BERA: como é feito em bebês?

Atualizado: 28 de jun. de 2022

A capacidade auditiva está diretamente ligada ao desenvolvimento humano, contribuindo para o correto aprendizado da linguagem e para a habilidade de absorver novos conhecimentos. Dessa forma, é preciso realizar exames para avaliar possíveis alterações na audição que possam afetar o correto desenvolvimento infantil. O exame BERA é um dos métodos mais efetivos nesses casos, contribuindo para diagnósticos precisos e correção dos problemas de maneira adequada.


Apesar de também ser feito em adultos, o procedimento é mais indicado para avaliar as vias auditivas de crianças e bebês. Sem a realização do exame, complicações na audição podem passar despercebidas e comprometer o desenvolvimento saudável dos pequenos, trazendo consequências de ordem psicomotora, emocional e social.

O que é exame BERA?

Também chamado de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Cerebral, o exame BERA é um procedimento que possui a finalidade de avaliar a atividade elétrica que ocorre em todo o sistema auditivo, desde a orelha interna até o córtex cerebral. O exame avalia o nervo auditivo, a cóclea e o tronco encefálico baixo e alto, permitindo identificar uma possível perda auditiva em maior ou menor grau. Trata-se de um procedimento completo e que possui fundamental importância para garantir que deficiências auditivas não prejudiquem o correto desenvolvimento do bebê.

Quando é indicado?

Em crianças aparentemente saudáveis, o exame BERA é indicado após a alteração no resultado do teste da orelhinha, que é realizado logo após o nascimento da criança para avaliar sua capacidade auditiva. O procedimento também pode ser indicado para avaliar o desempenho auditivo de recém-nascidos prematuros, crianças autistas ou com alterações genéticas, como a Síndrome de Down, além de crianças com distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Como o exame é realizado?

Após o bebê dormir, o médico coloca eletrodos na testa e atrás das orelhas, além de fones de ouvido. O equipamento utilizado para o exame emite um som que percorre o nervo auditivo até chegar ao cérebro, gerando um potencial evocado auditivo que é recebido de volta pelo equipamento. Em seguida, o estímulo de resposta é transformado em dados que ficam disponíveis em um computador para posterior análise médica. O exame possui duração média de 30 minutos e não causa nenhuma dor ou desconforto ao bebê enquanto ele está dormindo. A única recomendação é não aplicar cremes, loções ou algum produto sobre a pele do bebê.

Dicas para fazer o bebê dormir

Para evitar interferências no resultado, é preciso que o bebê esteja em sono profundo e não corra o risco de acordar durante a realização do exame. Algumas dicas podem te ajudar para fazer seu pequeno dormir!

  • Privação de sono: na noite anterior evite que seu bebê durma por um período prolongado e, no dia do exame, acorde o pequeno mais cedo do que o habitual para que ele chegue com sono à clínica.

  • Chegue com antecedência: como o exame exige preparos específicos, como a limpeza de pele e colocação de eletrodos, o bebê não pode chegar dormindo. Por isso, é importante compareça à clínica com antecedência para que o bebê se acostume com o equipamento e possa pegar no sono com mais facilidade.

  • Alimente o bebê: antes da realização do exame, uma boa dica é amamentar o bebê, já que é comum que eles durmam logo após a alimentação.

  • Leve os objetos preferidos do bebê: para acalmar o pequeno, também é válido levar para a clínica os objetos que o bebê costuma usar para dormir, como chupeta, cobertor, bichinho de pelúcia, etc.

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Material escrito por: Dr. Paulo Roberto Crespi - CRM 4228 / RQE 4084 Diretor técnico do CDO, o Dr. Paulo Crespi é também um dos fundadores da clínica. Possui pós-graduação em otorrinolaringologia e mestrado em otoneurologia pela USP. Já exerceu cargos de chefia e presidência na Sociedade Catarinense de Otorrinolaringologia, nos departamentos de otorrinolaringologia do Hospital Geral Celso Ramos e da Associação Catarinense de Medicina.

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