Para quê
O sistema auditivo é constituído de estruturas sensoriais e conexões centrais, responsáveis pela percepção e processamento dos estímulos sonoros. A integridade da audição garante o correto aprendizado da linguagem, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento humano. Qualquer problema no sistema auditivo pode comprometer as habilidade de fala e linguagem, e acabar afetando a qualidade de vida, a integração em sociedade e a absorção de novos conhecimentos. Sobretudo se a perda auditiva ocorrer nos primeiros meses ou anos de vida. Por isso, é importante realizar exames específicos para avaliar a capacidade auditiva do paciente, como o potencial evocado auditivo – BERA.
O que é potencial evocado auditivo?
O potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE), também conhecido como BERA (sua sigla em inglês), avalia o percurso do som, desde que entra no ouvido até o tronco encefálico, tendo como objetivo analisar a integridade das vias auditivas.
Por ser um exame objetivo, é um importante procedimento para determinar o nível de audição em situações que o paciente não colabora com o exame de audiometria convencional, como é o caso de bebês e crianças pequenas.
Quando é indicado?
Apesar de também ser indicado para adultos, o potencial evocado auditivo é um exame frequentemente indicado para bebês e crianças com algum sinal de deficiência auditiva, quando há risco de perda de audição devido à condições genéticas, como a Síndrome de Down, ou quando há algum tipo de alteração no teste da orelhinha, realizado logo após o nascimento.
O BERA também é indicado para bebês:
prematuros;
que nasceram com baixo peso;
que tiveram icterícia;
que permaneceram em UTI;
que necessitam de ventilação mecânica;
que necessitam de fototerapia;
que utilizaram certos antibióticos,
Dentre outras situações.
O BERA também é indicado para confirmar o diagnóstico de perda auditiva em crianças e adultos, para investigar a causa de zumbidos e para detectar a presença de tumores nos nervos auditivos.
Como é realizado?
Com o auxílio de eletrodos de superfície fixados na testa e atrás da orelha, é possível captar a atividade do nervo auditivo e das estruturas do tronco encefálico, à medida que o aparelho emite estímulos sonoros.
Esses estímulos são responsáveis por gerar uma quantidade mínima de eletricidade, que é captada pelos eletrodos e transmitida para o equipamento, geralmente uma espécie de monitor, para que possa ser analisado pelo médico.
Em adultos, não é necessário qualquer tipo de cuidado. Entretanto, em bebês e crianças pequenas, o procedimento pode causar incômodo. E esses pacientes podem não colaborar para a realização do exame. Nesses casos, o potencial evocado auditivo é realizado durante o sono natural.
É interessante agendar o exame em um horário que a criança está habituada a dormir. Outra forma é privar um pouco as horas de sono antes do procedimento. Quando não é possível a realização do exame com a criança dormindo, realiza-se o exame em centro cirúrgico, sob sedação, com auxílio de um médico anestesista. O procedimento dura cerca de 10 a 30 minutos.
Gostou do nosso conteúdo? Aproveite para conhecer algumas doenças de ouvido, nariz e garganta comuns em crianças. Se restou alguma dúvida sobre o potencial evocado auditivo, mande sua pergunta para nós. Será um prazer lhe ajudar!
Duração
Variável, de 10 a 30 minutos em média