A timpanomastoidectomia ou cirurgia da mastóide é um procedimento realizado para tratar diversas doenças de ouvido como: otites crônicas, tumores do osso temporal, doenças do nervo facial (paralisias faciais, descompressão do nervo facial), fístulas de líquor (líquido que reveste o cérebro).
As indicações mais comuns para realização dessa cirurgia são as otites crônicas. As otites crônicas se manifestam principalmente pelas queixas de: otorréia (saída de secreção pelo ouvido), diminuição da audição, mau cheiro no ouvido, dor de ouvido, zumbido e tonturas eventualmente.
As otites crônicas geralmente são acompanhadas de perfuração da membrana do tímpano e algum grau de perda auditiva, durante o procedimento de timpanomastoidectomia a perfuração timpânica é restaurada e a perda auditiva pode ou não ser restaurada, a depender dos achados durante a cirurgia.
Um subtipo de otite crônica, o colesteatoma, merece particular atenção. Trata-se de um tumor epitelial, benigno, que tem a capacidade de expandir-se dentro do ouvido e causar destruição das estruturas ao seu redor, podendo resultar em complicações como: (surdez, paralisia facial, mastoidite, meningite, abscessos intracranianos, ente outras).
Outras indicações de timpanomastoidectomia são para retiradas de tumores do ouvido como por exemplo: os tumores glômicos (paragangliomas), schwannomas (neuromas) e hemangiomas. O tratamento da paralisia facial também é realizado através da timpanomastoidectomia em casos selecionados.
Local de realização: Realizada em centro cirúrgico.
Como é realizada:
Incisão (corte): realizado uma incisão atrás da orelha. A depender do caso pode ser realizada através do canal ouvido (se utilizada exclusivamente a técnica endoscópica) A duração dessa cirurgia é extremamente variável, a depender do diagnóstico e da extensão da doença. Portanto pode variar de 2-6h, em média. A cirurgia é realizado através de um microscópio cirúrgico e a um sistema de óticas (endoscópios). Curativos: é colocada uma faixa ao redor da cabeça, que é removida em 3 dias. Alta hospitalar: em geral, no dia seguinte à cirurgia.
Perguntas frequentes: Quanto tempo após a cirurgia, eu posso molhar o ouvido? Em geral torno de 3 meses, a depender da cicatrização da pessoa e a técnica utilizada. Importante ressaltar que a perfuração timpânica não “fecha” logo após realizada a cirurgia. A cicatrização do tímpano ocorre gradualmente após a cirurgia, por isso os cuidados pós-operatórios são tão importantes. E quais são os cuidados pós-operatórios? Evitar manobras que façam pressão nos ouvidos tais como: assoar o nariz com força e trancar o nariz ao espirrar. Essas manobras podem deslocar ou impedir a cicatrização do enxerto utilizado para fechar a perfuração do tímpano. Não molhar o ouvido operado e evitar pegar gripes ou resfriados, situações que podem levar o ouvido a uma infecção, compromentendo a adequada cicatrização. Ademais evitar esforço físico por 30 dias e tomar as medicações prescritas. O colesteatoma pode voltar? Sim, em torno de 10-40% dos casos, segundo a literatura médica. Por isso é tão importante o seguimento pós operatório periódico com o seu médico.
Anestesia
Geral
Pós procedimento
Dor: em geral a dor é de pequena intensidade, controlada com analgésicos simples.
Cuidados locais: evitar traumas no local e molhar o ouvido operado.
Afastamento do trabalho: em geral, 10 dias
Atividade física: em geral, 4 semanas.