A labirintite é uma doença que atinge principalmente adultos a partir dos 40 anos e que se caracteriza por uma infecção ou inflamação no labirinto, que é a estrutura interna do ouvido. Além dos sintomas, é fundamental conhecer as causas da labirintite, pois o tratamento depende exclusivamente da definição do que está gerando as tonturas e vertigens. Nesse artigo, você obterá informações essenciais sobre a doença a fim de conseguir identificá-la o quanto antes e, assim, evitar que a sua qualidade de vida fique comprometida.
O que é e quais os sintomas da labirintite?
O termo labirintite foi dado justamente porque trata-se de um processo inflamatório agudo que atinge e compromete as funções do labirinto. Essa estrutura localizada na parte interna do ouvido é composta por duas estruturas, que se comunicam diretamente com o sistema nervoso central:
Cóclea: responsável pelo sentido da audição;
Vestíbulo: influencia diretamente no equilíbrio.
Assim, a labirintite é justamente a doença em que ambos os sentidos acima são afetados, passando a surgir sintomas como:
Tontura;
Vertigem;
Perda auditiva;
Zumbido;
Sensação de ouvido tampado;
Náusea;
Vômito;
Sudorese;
Distúrbios gastrointestinais;
Dificuldade em manter-se de pé;
Cefaleia.
Causas da labirintite
A lista de causas da labirintite é extensa e elas podem estar vinculadas tanto a questões físicas quanto psicológicas.
Dentre as causas mais comuns, destaca-se a infecção viral. Pelo menos em metade dos casos da doença, os pacientes sofreram com alguma virose respiratória recente, como gripe, faringite ou sinusite. As infecções bacterianas, como otite e meningite, apesar de mais raras, igualmente podem desencadear o problema. Nesse caso, a doença atinge um patamar um pouco mais grave que as virais.
As alterações metabólicas e vasculares também costumam influenciar no surgimento da doença. Pessoas com níveis inadequados de colesterol, triglicérides e ácido úrico, por exemplo, têm suas artérias comprometidas e, consequentemente, há a redução na quantidade de sangue que circula até as áreas do labirinto e cerebrais.
Outras possíveis causas da labirintite são:
Distúrbios hormonais;
Doenças cardiovasculares;
Uso excessivo de medicamentos e drogas;
Modificações genéticas ou traumas que levem a alterações nas estruturas anatômicas;
Alterações neurológicas e endócrinas;
Lesões na região da cabeça.
Além disso, as causas da labirintite podem ter origem emocional, como estresse, depressão, ansiedade ou qualquer outra doença orgânica que comprometa o Sistema Límbico.
Como tratar a labirintite?
Dependendo das causas da labirintite, a doença pode melhorar com o tempo e naturalmente. Porém, como muitas vezes os sintomas surgem de forma muito intensa e prolongada, o médico pode recomendar alguns tratamentos mais específicos a fim de evitar que a qualidade de vida do paciente fique comprometida. Tanto o repouso quanto a hidratação são indicados em todas as situações, pois promovem a recuperação do organismo. A terapia medicamentosa também é muito comum, porém depende dos sintomas e das causas da labirintite. Nos casos de origem viral, por exemplo, pode ser recomendado a ingestão de corticoides, enquanto os antibióticos podem ser administrados quando a labirintite for de origem bacteriana.
Já para quem sofre com enjoos e, consequentemente, está com dificuldade de se alimentar, pode ser indicado o uso de medicamentos, para aliviar esse sintoma. É importante destacar que o tratamento deve ser realizado somente após o diagnóstico efetivo de que a pessoa está com a doença. É fundamental que haja esse entendimento porque, apesar de todos os casos de labirintite ter como sintoma principal a tontura, nem toda tontura significa uma labirintite. Assim, cabe ao médico especialista avaliar cada caso e, se confirmado, analisar as causas da labirintite e, posteriormente, recomendar a melhor alternativa para tratá-la.
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Material escrito por: Dr. Rafael Pinz - CRM 14548 / RQE 7163 Natural de Florianópolis, o Dr. Rafael Pinz fez sua graduação e residência médica na Faculdade de Medicina na USP. É especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira e membro da Aborlccf. Seus principais interesses são o tratamento clínico e cirúrgico das doenças do nariz e do sistema vestibular.