A respiração é considerada uma função primordial para o bom funcionamento do organismo, por isso é necessário estar atento se você tem dificuldade para respirar. Quando a respiração fica comprometida, é comum que surjam sintomas como falta de ar, tonturas e até desmaios. A dificuldade para respirar costuma estar vinculada à obstrução nasal, popularmente conhecida como nariz entupido, que se caracteriza pela redução na quantidade de ar que passa pelas fossas nasais durante o processo de respiração. As causas e os fatores de risco para o surgimento desse problema são diversos, desde doenças sazonais até irregularidades na anatomia do sistema respiratório.
O que é obstrução nasal?
Considerado um sintoma e não uma doença, a obstrução ou congestão nasal remete à redução no fluxo de ar que passa pela cavidade nasal. Diferentemente do que se imagina, ela não está restrita a um problema na narina, ou seja, ela pode ser uma resposta a afecções no sistema respiratório superior. Além das fossas nasais, o ar passa por outras regiões, como a rinofaringe, que abrange a área entre o nariz e a orofaringe, e da garganta. Assim, qualquer alteração neste trajeto do oxigênio pode levar à dificuldade para respirar. Principais motivos que levam à dificuldade para respirar São diversos os motivos que podem levar a pessoa a não respirar adequadamente. Os mais comuns são:
Processos inflamatórios da mucosa nasal
Ocorre quando o revestimento interno do nariz precisa reagir a algum estímulo externo. A inflamação pode ser:
Viral, como nos casos de resfriados e gripes;
Causado por bactérias, como na sinusite;
Devido à inalação de produtos químicos;
Em processos alérgicos, como a rinite.
Nesses casos, o entupimento no nariz costuma ser temporário, porém é necessário que a causa-raiz seja tratada junto a um especialista.
2. Malformação em uma das estruturas respiratórias
Apesar de mais raro, o defeito na formação das estruturas essenciais para a plena passagem de ar também pode levar à dificuldade de respirar. Por se tratar de algo congênito, os sintomas podem surgir já na infância e é imprescindível buscar ajuda profissional para caso seja necessário realizar uma cirurgia.
3. Desvio de septo
Uma das causas mais comuns da congestão nasal é o desvio de septo, ou seja, o deslocamento lateral da estrutura que fica entre as narinas. Normalmente, essa fratura no nariz é causada por um trauma e leva à obstrução unilateral e constante. Para melhorar os sintomas, muitas pessoas utilizam descongestionantes e dilatadores nasais, porém, o tratamento mais adequado é o cirúrgico, visto que as demais alternativas são apenas paliativas, ou seja, não oferecem a cura definitiva.
4. Presença de tumores
Os tumores, que podem ser tanto benignos quanto malignos, causam dificuldade para respirar porque, conforme vão crescendo, vão bloqueando o caminho do ar. Eles podem surgir tanto na rinofaringe, quanto no nariz e seios paranasais. No entanto, os casos mais sérios costumam acometer os tabagistas, apesar de serem considerados mais raros. O tratamento nesse caso é a cirurgia para retirada da massa e, caso o tumor seja maligno, deve ser realizado os procedimentos que visam extinguir o câncer. Fatores de risco para o surgimento do problema Apesar de nem sempre ser possível evitar a obstrução nasal, é importante ficar atento aos principais fatores de risco relacionados ao problema. São eles:
Ácaros;
Poluição e fumaça de cigarro;
Alergia alimentar;
Ambientes com odores fortes;
Tempo seco;
Estresse;
Pólipos nasais;
Uso excessivo de descongestionantes nasais.
Lembre-se que possuir uma boa respiração é muito importante porque ela é responsável por aquecer, umidificar e bloquear as partículas presentes no ar. Quem tem dificuldade para respirar pelo nariz muitas vezes acaba tendo que utilizar a boca, o que pode prejudicar inclusive no rendimento ao longo do dia.
Assim, aos primeiros sinais de nariz entupido, procure um especialista para que ele possa indicar o tratamento mais adequado para você.
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Material escrito por: Dr. Guilherme Webster - Otorrinolaringologista - CRM 15905 / RQE 11880 Dr. Guilherme Webster é formado em Medicina pela UFSC e realizou a residência médica em otorrinolaringologia pelo Hospital do Servidor Municipal de São Paulo. Seus principais interesses são o tratamento clínico e cirúrgico em rinologia, otoneurologia, otoplastia, atendimento pediátrico e distúrbios de deglutição.