A rinite é uma doença respiratória que afeta a mucosa nasal e que leva ao surgimento de sintomas diversos, como dificuldade para respirar e olhos lacrimejantes. Apesar de muitas pessoas não saberem, há dois tipos de rinite: a infecciosa e alérgica. Assim, para saber como efetivamente aliviar os sintomas da rinite, é importante, antes de tudo, conhecê-los melhor e entender quais são suas causas e fatores de risco. Boa leitura!
Os tipos de rinite e seus principais sintomas
Infecciosa
Também chamada de aguda, a rinite infecciosa é aquela que é causada por gripe e resfriado. No caso, os microrganismos presentes no ar, sejam eles vírus ou bactérias, atacam a mucosa nasal e levam ao surgimento de sintomas como:
Mal-estar;
Sensação de cansaço;
Dor de cabeça;
Febre;
Sensação de formigamento no nariz e na garganta;
Secreção nasal;
Obstrução nasal;
Dificuldade de respirar;
Espirros;
Prejuízo no olfato e paladar;
Excesso de lágrimas.
Esses sintomas costumam surgir de forma brusca, ou seja, são bem intensas, porém costumam durar por poucos dias.
Alérgica
Também chamada de crônica, a rinite alérgica é considerada o tipo mais comum. Inclusive, estima-se que em torno de 10 a 25% das pessoas sofram com esse mal. Nesse caso, a inflamação das mucosas nasais ocorre devido a uma reação exagerada do sistema imunológico a partículas alérgenas existentes no ar, como poluição, pólen, poeira, fumaça de cigarro, perfume e produtos químicos diversos.
Os sintomas costumam ser praticamente os mesmos que os da rinite aguda, acrescentando, porém, a acentuação das linhas das pálpebras inferiores. Além disso, é muito comum que ele venha acompanhado de sinusite, podendo desencadear, ainda, em dores de cabeça e nos olhos. É importante destacar que há alguns fatores de risco para o surgimento da rinite alérgica, como:
Ser do sexo masculino;
Ter nascido durante a época do pólen, principalmente na primavera;
Ter histórico de alergias na família;
Exposição frequente à fumaça de cigarro no primeiro ano de vida;
Frequentar ambientes ricos em alérgenos;
Exposição precoce a antibióticos.
É possível aliviar os sintomas da rinite?
Independentemente do tipo da doença, a boa notícia é que é possível sim aliviar os sintomas da rinite e, assim, evitar todos os desconfortos gerados por ela no dia a dia.
Para aliviar principalmente os incômodos que prejudicam a respiração, é comum que as pessoas adotem um dos seguintes tratamentos:
Lavagem nasal com solução fisiológica a 0,9%: ajuda a aliviar a irritação, umedecer a mucosa e remover as secreções, reduzindo de forma temporária o entupimento do nariz e, consequentemente, melhorando o olfato;
Descongestionantes nasais: as substâncias presentes nesses produtos causam uma constrição dos vasos nasais, reduzindo a quantidade de muco e, consequentemente, melhorando na respiração. Como são considerados drogas, não devem ser utilizados por mais de três dias, visto que podem causar dependência.
Prevenindo a rinite
No entanto, principalmente nos casos de rinite alérgica, não basta somente adotar as ações paliativas, é importante buscar a prevenção. Assim, as principais dicas preventivas são:
Evitar a exposição a ácaros, mofos e demais alérgenos;
Caso haja sensibilidade a pelos, pode ser preciso evitar animais domésticos em casa;
Parar de fumar ou evitar ficar próximo a fumantes;
Manter o sistema imunológico fortalecido;
Eliminar carpetes, cortinas, tapetes, bichos de pelúcia ou qualquer outro objeto que possa acumular sujeira.
Além disso, caso seja necessário, o paciente pode ter que utilizar algum tipo de medicamento, como anti-histamínico e corticoides, ou mesmo realizar a imunoterapia. Lembre-se, porém, que a automedicação é muito perigosa para a saúde. Assim, caso os sintomas estejam lhe atrapalhando, procure o otorrinolaringologista para que ele faça os exames necessários e, assim, prescreva o tratamento mais adequado para você.
Quer saber mais sobre a rinite alérgica? Entre em contato conosco que ficaremos felizes em lhe ajudar.
Material escrito por: Dr. Guilherme Webster - Otorrinolaringologista - CRM 15905 / RQE 11880 Dr. Guilherme Webster é formado em Medicina pela UFSC e realizou a residência médica em otorrinolaringologia pelo Hospital do Servidor Municipal de São Paulo. Seus principais interesses são o tratamento clínico e cirúrgico em rinologia, otoneurologia, otoplastia, atendimento pediátrico e distúrbios de deglutição.
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